28 de fevereiro de 2014

Carnavália

Em homenagem ao Reinado de Momo.
Bom carnaval!

Musa da Semana: Viviane Araújo

Aviso: Post indicado apenas para maiores de 18 anos.
Começa oficialmente hoje às 18:00 h o carnaval 2014.
O período momesco, como é chamado por alguns; a festa da carne, como é denominado por outros (desde que não seja aquele sofrível comercial do Roberto Carlos).
Alegria e festa, sobretudo para os mais jovens que "entornam" Absolut com energético como quem bebe água.
Recorde de venda da loura gelada. Ainda mais com sensações térmicas acima dos 40º e fogo na agitação (eu ia falar "fogo no rabo" mas mudei de ideia) acima dos 50º.
Para musa desta semana o blog não poderia deixar de tentar homenagear uma que representasse bem o carnaval. E que fosse uma unanimidade!
Achamos sim.
É a bem conhecida Viviane Araújo.
Modelo, dançarina, atriz, nasceu no Rio em 1975. Portanto faz 40 no ano que vem. E que 'quarentona' vai ser.
No Rio é Rainha de Bateria do Salgueiro (sua fantasia deste ano custou apenas R$ 200 mil!). Em São Paulo, da Mancha Verde.
Mais uma vez vai reinar nos sambódromos com poucas rivais.
E nós estaremos de olho vivo.
E Viva Viviane!











27 de fevereiro de 2014

A briga no STF e o ódio ao PT e a quem tenta mostrar a verdade por trás da telinha da TV

Mas as coisas começam a mudar...

Barbosa sentiu o golpe dos brasileiros antenados na Ação Penal 470

Enviado por Jns

De O Cafezinho

Barbosa, a marionete do golpe, morreu pela boca

"O escritor argentino Ricardo Piglia, num de seus ensaios, propõe uma tese segundo a qual um conto oferece sempre duas histórias. Uma delas acontece num descampado aberto, à vista do leitor, e o talento do artista consiste em esconder a segunda história nos interstícios da primeira.
Agora sabemos que não são apenas escritores que sabem ocultar uma história secreta nas entrelinhas de uma narrativa clássica. O ministro Luís Roberto Barroso nos mostrou que um jurista astuto (no bom sentido) também possui esse dom.

Esta é a razão do ridículo destempero de Joaquim Barbosa. Esta é a razão pela qual Barbosa interrompeu o voto do colega várias vezes e fez questão de, ao final deste, vociferar um discurso raivoso e mal educado.

Barbosa sentiu o golpe.

Houve um momento em que Barbosa praticamente se auto-acusou: “o que fizemos não é arbitrariedade”. Ora, o termo não fora usado por Barroso. Barbosa, portanto, não berrava apenas contra seu colega. Havia um oponente imaginário assombrando Barbosa, que não se encontrava em plenário, mas ele sentiu sua presença enquanto ouvia Barroso ler, tranquilamente, seu voto.

O oponente imaginário são os milhares de brasileiros que vem se aprofundando cada vez mais nos autos da Ação Penal 470, acompanhando os debates do Supremo Tribunal Federal, ajudando alguns réus a pagar suas multas, dando entrevistas bem duras em que denunciam os erros do julgamento, e constatando, perplexos, que houve, sim, uma série de erros processuais e arbitrariedades.

Barroso contou duas histórias. Uma delas, no primeiro plano, era seu voto. Um voto tranquilo e técnico. Só que nada na Ação Penal 470 foi tranquilo e técnico, e aí entra a história subterrânea, por trás do cavalheirismo modesto de Barroso.

E aí se explica a fúria de Barbosa.

A história secreta contada por Barroso, com uma sutileza digna de um escritor de suspense, de um Edgar Allan Poe, com uma ironia só encontrada nos romances de Faulkner ou Guimarães Rosa, é a denúncia da farsa.

Aos poucos, essa história subterrânea virá à tôna. Alguns observadores mais atentos já a pressentiram há tempos.

O novo ministro, antes mesmo de ingressar no STF, entendeu que há um muro de ódio e violência à sua frente, construído ao longo de oito anos, cujos tijolos foram cimentados com preconceito político, chantagens, vaidade e uma truculência midiática que só encontra paralelo nas grandes crises dos anos 50 e 60, que culminaram com o golpe de Estado.

Sabe o ministro que não é ele, sozinho, que poderá desconstruir esse muro. Em entrevista a um jornal, o próprio admitiu que estava assustado com a violência da qual já estava sendo vítima: o médico de sua mulher, sem ser perguntado, disse a ela que não tinha gostado do voto de seu marido, e suas filhas vinham sendo questionadas na escola por colegas e professores.

O Brasil vive um tipo de fascismo midiático cuja maior vítima (e algoz) é a classe média e os estamentos profissionais que ela ocupa.

É a ditadura dos saguões dos aeroportos, das salas de espera em consultórios médicos, dos shows da Marisa Monte.

Nos últimos meses, eu tenho feito alguns novos amigos, que tem me dado um testemunho parecido. Todos reclamam da solidão. A mãe rodeada de filhos “coxinhas”. O pai que é assediado, às vezes quase agredido, pelas filhas reacionárias. A executiva na empresa pública isolada entre tucanos raivosos. Alguns, mais velhos, encaram a situação com bom humor. Outros, mais jovens, vivem atordoados com as pancadas diárias que levam de seus próximos.

No entanto, o PT é o partido preferido dos brasileiros, ganha eleições presidenciais, aumenta presença no congresso e pode ganhar novamente a presidência este ano, até mesmo no primeiro turno.

Por que esta solidão se tanta gente vota no partido?

Claro que voltamos à questão da mídia, que influencia particularmente as camadas médias da sociedade, à esquerda e à direita. A maioria da classe média tradicional, hoje, independente da ideologia que professa, odeia o PT, idolatra Joaquim Barbosa, e lê os livros sugeridos nos cadernos de cultura tradicionais.

Eu conheço um bocado de artistas. Hoje são quase todos de direita, embora a maior parte se considere de esquerda. Todos odeiam Dirceu, sem nem saber porque. E me olham com profunda perplexidade quando eu tento argumentar. Como assim, parecem me perguntar, com olhos onde vemos rapidamente nascer um ódio atávico, irracional, como assim você não odeia Dirceu?

Eu tento conversar, com a mesma calma de Barroso, mas não adianta muito. Eles reagem com agressividade e intolerância.

Pessoas em geral pacatas se transformam em figuras raivosas e vingativas. O humanismo, que tanto fingem apreciar nos europeus, mandam às favas ao desejar que os réus petistas apodreçam no pior presídio do Brasil.

Eu mesmo costumo usar os mesmos termos de Barroso. “Respeito sua opinião”, eu digo. Às vezes até procuro elogiar o interlocutor, numa tentativa ingênua e canhestra de quebrar a casca de ódio que impede qualquer diálogo. Não adianta. Qual um bando de Barbosas, eles respondem, quase sempre, com grosserias e sarcasmos.

Quantas vezes não vivi a mesma situação de Barroso? Às vezes, inclusive, aceitei teses que não acreditava, violentei-me, num esforço desesperado para transmitir uma pequena divergência, uma singela ideia que foge ao script da mentalidade de um interlocutor cheio de certezas.

Entretanto, a serenidade estóica e elegante de Barroso significou uma grande vitória para nós, os solitários, os que arrostamos as truculências diárias da mídia e de seu imenso, quase infinito, exército de zumbis.

Porque encontramos um igual.

Encontramos alguém que sofre, que tenta expor uma ideia diferente, e recebe de volta uma saraivada de golpes de quem não aceita ser contestado.

Não confundamos, contudo, elegância com covardia. Não se pode exigir a um homem que derrube sozinho uma muralha desse calibre. Esse trabalho não é de Barroso. Será um esforço coletivo, que já estamos empreendendo. Barroso encontrará forças em nossas ideias.

Mesmo que ele tenha de fazer algum recuo estratégico, como aliás já fez, ao condenar Genoíno, será para avançar em seguida.

Mas a função de um juiz do STF não é defender uma classe. Não é defender a rapaziada que frequenta o show da Marisa Monte e lê os editoriais de Merval Pereira. Não é se tornar celebridade ou “justiceiro”. A função de um juiz é ser justo e defender tanto as razões do Estado acusador quanto os direitos dos réus.

Quando Getúlio deu um tiro em si mesmo, ele deixou um recado, no qual há referências algo misteriosas a “forças” que se desencadearam sobre ele.

Como que antevendo o que continuaríamos a enfrentar, durante muito tempo, o velhinho ainda tentou, em sua dolorosa despedida, nos consolar:

“Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado.”

E cá estamos, Getúlio, diante das mesmas forças obscuras. Diante da mesma truculência, das mesmas arbitrariedades, que dessa vez encontraram voz na figura, trágica ironia, de um negro. Do primeiro negro que nós, o povo, nomeamos para o STF, mas que preferiu se unir aos poderosos de sempre, aos donos do dinheiro, aos barões da mídia, à turma do saguão do aeroporto…

É positivamente curioso como os ministros da mídia demonstram auto-confiança, arrogância, desenvoltura. Gilmar Mendes, Barbosa, Marco Aurélio Mello, dão entrevistas como se fizessem parte de uma raça superior. São campeões de um STF triunfante, que prendeu os “mensaleiros”.

Enquanto isso, os outros ministros agem com humildade, discrição, prudência. Barroso lê seu voto com voz quase trêmula, e pede reiteradas desculpas por cada mínima divergência. Nunca se ouviu um ministro pedir tantas vênias como Barroso. Nunca se viu um juiz fazer tantos elogios àquele mesmo que o destrata sem nenhuma preocupação quanto à etiqueta de um tribunal.

Mas o que Barroso pode fazer? Não faríamos o mesmo? A situação de Barroso é quase a de um sertanejo humilde, argumentando em voz baixa diante de seu patrão.

Sintomático que Luiz Fux, que aderiu também à Casa Grande, tenha citado Lampião para designar a “quadrilha dos mensaleiros”. O mundo dá tantas voltas, e retorna ao mesmo lugar. Virgulino Ferreira da Silva, o terror do Nordeste, o maior dos facínoras, quem diria, seria comparado a José Dirceu! É o tipo de comparação que não dá para ouvir sem darmos um sorriso triste e malicioso.

Não foi Virgulino igualmente o maior herói do sertão? Não foi ele o maior símbolo das injustiças e arbitrariedades que se abatiam, dia e noite, sobre um povo sofrido e miserável?

Evidentemente, não existe comparação mais idiota. Dirceu é um homem de paz, que acreditou na democracia e na política. Lampião foi um bandido que desistiu de qualquer solução política ou pacífica para seus problemas.

Mas também Fux, sem disso ter consciência, trouxe à baila uma história subterrânea, soterrada sob sua postura covarde de um juiz submetido aos barões de sempre: Lampião provou ao Brasil que não existe opressão sem resistência, mesmo que na forma de banditismo. Esta é a lei mais antiga da humanidade. A resistência e o heroísmo nascem da opressão e da arbitrariedade, como um filho nasce da mãe e do pai.

A campanha de solidariedade aos réus petistas foi a prova disso. Mas não vai parar aí. Ao chancelar uma farsa odiosa, arbitrária, truculenta e, sobretudo, mentirosa, o STF produziu milhares de Virgulinos. Só que não são Virgulinos por serem bandidos ou violentos. São Virgulinos exatamente pela razão oposta: a coragem de lutar de maneira pacífica e democrática.

É a coragem, sempre, a grande lição que o mais humilde dos cidadãos dá aos poderosos. É a coragem que faz alguém se insurgir contra a opinião do ambiente de trabalho, da família, do condomínio, dos saguões dos aeroportos, e assumir uma posição política independente, inspirada unicamente em sua consciência.

É a coragem, enfim, que faz os olhos de Barroso irradiarem um brilho de confiante serenidade. Sua voz pode tremer, mas não por medo. Treme antes pelo receio de escorregar um milímetro no fio da navalha por onde caminha, entre o desejo de falar duras verdades a um tratante e a determinação de manter uma elegância absoluta.

Barroso sequer consegue usar o pronome “seu” ao se referir a Barbosa, com medo de cometer um deslize verbal. Se Barbosa fosse uma figura serena, amiga, Barroso não teria esse escrúpulo. Tratando-se de um oponente sem caráter, sem moderação, e ao mesmo tempo tão incensado e blindado pela mídia, Barroso tem de tomar um cuidado máximo. Tem de tratá-lo com respeito até mesmo exagerado. Barroso sabe que Barbosa é vítima de megalomania e arrogância messiânica, que sofre de uma espécie de loucura, uma loucura perigosíssima, porque protegida pelos canhões da imprensa corporativa.

Ao contestar tão ofensivamente o teor do voto de Barroso, ao acusá-lo, de maneira tão vil, Barbosa disparou um tiro no próprio pé. Ganhará, ainda, um bocado de palmas dos saguões aeroportuários, mas haverá mais gente erguendo a sombrancelha, desconfiada de tanta fanfarronice e falta de modos.

Barroso deixou que Barbosa morresse como um peixe, pela boca.

Foi a vitória da serenidade sobre o destempero, da delicadeza sobre chauvinismo, do respeito à divergência sobre a intolerância."

Jornal GGN

STF: O ataque de Barbosa a Barroso

Mais um bate-boca na mais alta Corte do país trasmitido ao vivo. 
Seria cômico se não fosse trágico.
E mais uma vez quem comandou o processo foi o J.B. (dizem futuro candidato a senador por partido de oposição do RJ), que deveria, como presidente, trabalhar o tempo todo para manter os debates em alto nível.
O ministro Barroso mostrou a que veio: não se deixar influenciar pela gritaria e exigir respeito aos seus votos.

Humor de Quinta: Clima de Carnaval






Beyoncé: "Partition"


Apesar de não ter nada a ver com o Brasil e seus estilos musicais (pensando bem, tem o funk), a Beyoncé bem que tem um estilo sexy-carnavalesco.
E ela tem bala na agulha para isso.
Vejam esse novo clipe, por exemplo.

26 de fevereiro de 2014

O Julgamento de Formação de Quadrilha no STF

Joaquim Barbosa ficou irritado com o Ministro Barroso e fez o que gosta: tentou ganhar no grito. Barroso não se deixou intimidar.
Haverá comprovação de atitude política, e não jurídica, se Barbosa se candidatar a algum mandato, pela oposição, este ano.
Vamos aguardar.

"O voto de Barroso indica que o regime fechado para Dirceu, Genoino e Delúbio foi para o saco.

Ainda está por definir se o crime de quadrilha cai ou não.

Mas o Ministro Teori deverá dizer que o crime, de quadrilha, se houve, está prescrito.

Ele já disse que as penas foram exacerbadas.

Enquanto votava, Barroso sofreu violento ataque de trator do presidente Joaquim Barbosa.

O presidencial comportamento indica cada vez mais a intenção de candidatar-se a senador por um partido de oposição no Rio de Janeiro.

O voto do Ministro Barroso não pôde contar com a ilustre presença do notável jurista Gilmar Dantas (*).

Sintomaticamente, ele se ausentou.

Talvez,  para estudar a demanda do inclito senador Demóstenes Torres.

Em tempo: Gilmar Dantas foi embora. Por isso, a sessão de exéquias da “quadrilha” fica adiada para amanhã.

Gilmar manteve Dirceu um dia a mais em regime fechado !

No entanto, antes da sessão ser encerrada, os Ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli adiantaram as suas posições e mantiveram os votos, dados na primeira fase do julgamento, pela absolvição dos  oito réus do crime de formação de quadrilha."
Fonte: Conversa Afiada

R.I.P.: Paco de Lucia - *Algeciras, Andaluzia, Espanha, 21 de dezembro de 1947 +Cancún, México 26 de fevereiro de 2014

Aos 66 anos, morreu hoje de infarto o violonista Paco de Lucia, um dos maiores mestres do instrumento dos últimos 40 anos.
Paco pode ser considerado o grande reponsável pela difusão da Música Flamenca em todo mundo, mas não ficou só nela.
A partir de sua capacidade de interatividade, uniu de forma singular a música folclórica espanhola com o Jazz, o Blues, o Rock, a Música Erudita, o Tango e até a Bossa Nova.
Na verdade renovou e multiplicou a Música Flamenca. Um herói musical espanhol.
Vale lembrar a sua parceria nos anos 1970 com outros três 'monstros' da guitarra: John McLaughlin, Al Di Meola e Larry Coryell.
Foi reconhecido em todo o planeta e permanecerá para sempre como um ícone latino da música universal.
Rest in Peace, Paco.



Paco de Lucía: morreu o guitarrista que universalizou o flamenco
Por Vítor Belanciano
"Quase todas as grandes famílias musicais têm heróis assim. Alguém que sem perder o contacto com a raiz fundadora de determinada tipologia musical é capaz de expandir o seu leque de influências, acabando por universalizar essa linguagem.

O flamenco teve a sorte de ter o guitarrista, compositor e produtor Paco de Lucía, que morreu esta quarta-feira, aos 66 anos, de enfarte cardíaco. Estava na praia com os filhos, em Cancún, no México, onde tinha uma casa, quando se sentiu indisposto, vindo a morrer a caminho do hospital.

A cultura espanhola perdeu um dos seus pilares. Ele foi esse músico que, sem perder o contacto com a essência, foi capaz de mesclar o flamenco com outras sonoridades, principalmente com o jazz ou a bossa nova, embora os blues, a salsa, a música hindu ou a música árabe também o tenham marcado. Mas não foi apenas porque revestiu exteriormente o flamenco que se tornou imortal. Nunca é apenas por isso.

É também, e talvez ainda mais importante, porque possuía o alento interior, a inspiração, que lhe inflamava a alma, passando essa intensidade para os dedos e a guitarra de seis cordas que dedilhava como ninguém. Em Portugal, onde actuou por diversas vezes (a última das quais em 2007), era vê-lo, sentado, perna traçada, curvado sobre a sua guitarra, ora introspectivo, ora dinâmico e agitado, mas sempre apaixonado.

Até ao seu despontar o flamenco era rude e folclórico. Com ele tornou-se estilizado, elegante e elástico, numa reformulação que lhe atribuiu maior profundidade de campo. Como todos os grandes heróis populares transcendeu fronteiras e estilos. Também tinha, como acontece sempre nestes casos, detractores, que o acusaram de abastardar o flamenco, quando o começou a mesclar com jazz. Ele levava sempre consigo a cultura da Andaluzia e o flamenco, mas o seu olhar tinha dimensão universal. Ao longo dos anos transformou-se no mais internacionalmente reconhecido intérprete do flamenco.

“Nunca perdi a ligação com as raízes na minha música”, afirmou numa entrevista na década de 1990. “O que tentei fazer foi situar-me na tradição e, ao mesmo tempo, procurar noutros territórios, procurar coisas novas para transportar para o flamenco.” Anos mais tarde reafirmaria essa ideia. "Não tenho medo que se perca a essência do flamenco", declarou em Agosto de 2004, depois de receber o Prémio Príncipe das Astúrias, distinção maior das artes e da cultura em Espanha. "Um guitarrista tem de ter mais do que ritmo, tem de ter ar. Ar é fundamental", declarou na mesma entrevista."
Fonte: Público - Cultura (Portugal)

Blocos de Carnaval no Rio: apoteose e nomes maliciosos

Em fevereiro de 2012 fizemos um post sobre o carnaval que se aproximava e até hoje ele é muito acessado.
O foco eram os curiosos, engraçados e maliciosos nomes do blocos de rua do Rio que naquela época estavam voltando com força total.
Como estamos na semana do carnaval 2014, resolvemos repetir o post.
É verdade que dezenas de outros blocos já foram criados e muitos aqui citados já devem ter acabado. Mas vale o registro.

De uns dez anos prá cá o carnaval do Rio tomou um novo impulso graças ao retorno triunfal dos Blocos de Rua, forma que marcava a festa descompromissada das folias de Momo fora da Sapucaí em épocas remotas na cidade maravilhosa. 
É verdade que isso vem trazendo alguns problemas, como o trânsito, os beberrões e os mijões. 
Confesso: me incluam fora dessa, ainda mais com esse calororão. E talvez com esta idade...
Sou mais praia (desde que não muito lotada, o que é raro nessa época), piscina, 'chuveirão', churrasco, cerveja, boteco, livros, filmes e ar condicionado.
Sem muitas agitações. Mas dá pra ver de longe. 
O que mais gosto são os engraçados nomes de duplo sentido de alguns blocos. 
Marcam a irreverência carioca. 
Vejam só alguns deles com seus respectivos bairros: 
- Imprensa que eu gamo (Laranjeiras) 
- Tá na frente eu empurro (Bento Ribeiro) 
- Calma, calma sua piranha! (Botafogo) 
- Inova que eu gosto (Flamengo) 
- Perereka sem dono (Botafogo) 
- Vem cá me dá (Barra) 
- Parei de beber, não de mentir (Curicica) 
- Já comi pior pagando (Tijuca) 
- Se não guenta por que veio? (Tijuca) 
- O negócio tá feio e seu nome tá no meio (Engenho de Dentro) 
- Xupa mas não baba (Laranjeiras) 
- Velozes e Furiosas (São Conrado) 
- Só o cume interessa (Urca) 
- Eu choro curto mas rio comprido (Rio Comprido) 
- Vai tomar no Grajaú (Grajaú) 
- É mole mas é meu (Irajá) 
- É pequeno mas vai crescer (Botafogo) 
- Vem ni mim que sou facinha (Ipanema) 
- Geriatria e pediatria (Campo Grande) 
- Que merda é essa? (Ipanema) 
- Associação Carnavalesca Infiéis (Centro) 
- Empurra que entra (Freguesia) 
- Meu bem, volto já (Leme) 
- Me beija que sou cineasta (Gávea) 
- Ninguém é dono de ninguém (Recreio) 
- Tá cheio de maluco aí (Copacabana) 
- Mulheres de Chico (Ipanema) 
- Ai, que vergonha (São Conrado) 
- Broxadão, a hora é essa! (Copacabana) 
- Volta, Alice (Laranjeiras, na Rua Alice, onde mora nossa querida tia Carminha)

25 de fevereiro de 2014

Roberto Carlos e a Carne

Sou fã do Roberto Carlos.
Suas músicas marcaram minha infância e adolescência nos anos 1960 e 1970.
Daí a simpatia. Minha e de milhões de outros.
Mas ultimamente ele anda pisando na bola sem necessidade.
Primeiro quando mandou recolher sua biografia escrita por um fã.
E o livro não fazia nenhuma crítica ao Rei, pelo contrário.
Agora, depois de 30 anos vegetariano, recebe um alto cachê para fazer comercial de carne.
Nada contra. O problema é que o comercial soa falso pra caramba.
Chega a ser estranho. Parece um bando de alienígenas vendo carne.
Bola fora do Roberto e de quem bolou a propaganda.
Em tempo: nada contra a Friboi. Adoro um churrasco! Não sou vegetariano.




Heroínas fora da TV

Tem textos que recebemos aqui, achamos interessantes, mas nem sempre publicamos devido à dificuldade de saber se correspondem mesmo ao autor ou ao fato em si.
Este eu não consegui confirmar no site da Escola Naval, mas sei que houve uma Primeira Turma Feminina da Escola Naval (ensino superior) de 2014.
O texto seria de uma pessoa que viu a fotografia das formandas (ou é mesmo de uma que estão ingressando ou se formando) e foi reproduzido em diversos blogs.
É de um desses que copiei e colei: Escolas Médicas do Brasil.
Já a foto foi de outro blog e não sei se correspondem mesmo às citadas, acredito que sim.
Independente disso tudo, o texto faz sentido nesses tempos em que a mídia dita as regras do que é ou não importante para nós.

Isso não é divulgado
"Uma dúzia de mulheres acabam de ingressar na Escola Naval, integrando o primeiro grupo feminino a pisar, como aspirantes, o solo sagrado de Villegagnon(*).

Ao ver as fotos das jovens Aspirantes já com o uniforme branco, uma delas escreveu um dos textos mais belos e atuais que li ultimamente. Ele não é apenas sobre Marinha, mas sim sobre o Brasil e os dias que vivemos.

Com a devida permissão da autora, Sra. Carla Andrade, encaminho o texto para sua apreciação."


Uma Foto e Vários Sentimentos
"De todas as transformações que o nosso país enfrenta, não tenho dúvida que a pior delas é inversão de valores.

Não estou falando dos atores, mas da plateia.

Quem determina o sucesso de um espetáculo é o público. Por melhor que sejam os atores e o enredo, se o público não aplaudir, a turnê acaba.

Nós somos a sociedade, nós somos a plateia, nós dizemos qual o espetáculo deve acabar e qual precisa continuar.

Se nós estamos aplaudindo coisas erradas, se damos ibope a pessoas erradas, de que estamos reclamando afinal?

Somos nós que continuamos consumindo notícias de bandidos presos e condenados.

Somos nós que consumimos notícias de arruaceiros que ganham mesada para depredar o nosso patrimônio.

Somos nós que damos trela para beijaços, toplessaços, marcha de vadiaças, dos maconheiraços, dos super-heróis que batem ponto em “manifestações” (e que gostam de cozinhar-se dentro de uma fantasia num sol de 45 graus), e todos os tipos de histéricos performáticos que querem seus 15 minutos de fama.

Quando fazemos isso, estamos dando-lhes valores que não têm. Estamos dando-lhes atenção. Estamos dedicando-lhes o nosso precioso tempo.

Passou da hora de dar um basta nisso!

Por que os nossos jornais estão recheados de funkeiros ao invés de medalhistas olímpicos do conhecimento?

Por que vende-se mais jornal com notícia de um funkeiro que largou a escola por já estar milionário, do que de um aluno brilhante que supera até seus professores?

Por que sabemos os nomes dos BBBs e não sabemos os nomes dos nossos cientistas que palestraram no TED?

Por que muitos não sabem nem o que é o TED? Ou Campus Party?

Por que um evento histórico para o Brasil como o ingresso da primeira turma feminina da Escola Naval não é noticiado?

Por que um monte de alienadas com peitos de fora, merecem mais as manchetes do que as brilhantes alunas, que conquistaram as primeiras 12 vagas, da mais antiga instituição de ensino superior do Brasil?

Por que nós continuamos aplaudindo a barbárie, se ainda temos valores?

O país não mudará se nós não mudarmos o foco!

Os políticos não mudarão se nós não refletirmos a sociedade que queremos!

Já passou da hora de nos posicionarmos!

Ostracismo a quem não merece a nossa atenção e aplausos para quem faz por merecer.

Merecer! Precisamos devolver essa palavra para o nosso dicionário cotidiano.

Meu coração ao olhar essa foto hoje, se divide em vários sentimentos distintos.

Muito orgulho de ser mulher e me ver representada por essas guerreiras.

Elas não estão fazendo arruaça pleiteando igualdade. Elas conquistaram a igualdade estudando e ralando muito.

Elas tiveram que carregar na mão as suas malas pesadas no dia que entraram na Escola Naval. Não puderam puxar na rodinha não! Tiveram que carregar na mão igual aos aspirantes masculinos.

Elas foram e fizeram.

Mas ao contrário das feministas de toddynho, não estarão nas manchetes dos jornais de hoje. E isso me evoca outros sentimentos.

Sentimentos de revolta, de vergonha, e de constrangimento frente a essas mulheres, que não serão chamadas de heroínas por apresentadores de televisão. Mas estão dispostas morrer como heroínas por nosso país.

Parabéns Primeira Turma Feminina da Escola Naval de 2014. Vocês são a dúzia que vale muito mais que milhares!"

 (*)  Villegagnon -  Eh o nome da Ilha, ao lado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde se localiza a Escola Naval. Instituição de ensino Superior, da Marinha do Brasil, onde se formam os Oficiais de nossa Marinha de Guerra.

Sexys e Brochantes

Dentro da nossa linha super eclética, segue video que achei acidentalmente.
Até que a série "Acidez Feminina" é legal. 
Tem muitos videos no You Tube.
Bem, poderia estar no "Humor de Quinta" também...


24 de fevereiro de 2014

Começaram hoje as inscrições para o novo concurso da Petrobras

Deu no Blog Fatos e Dados da Petrobras.

"Lançamos nesta quinta-feira (20/02) edital para processo seletivo público, com o objetivo de preencher 100 vagas em diversas localidades. Do total, 89 vagas são para cargos de nível médio e 11 vagas para cargos de nível superior.
As inscrições estarão abertas de 24 de fevereiro a 17 de março e deverão ser realizadas exclusivamente pelo site da Fundação Cesgranrio. O valor das inscrições é de R$ 40,00 para cargos de nível médio e R$ 58,00 para nível superior.
As provas objetivas deverão ser realizadas no dia 18 de maio nas cidades de Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Macaé (RJ), Manaus (AM), Mauá (SP), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos (SP), São José dos Campos (SP), São Mateus do Sul (PR) e São Paulo (SP).
Os candidatos que desejarem concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência deverão encaminhar correspondência, via Sedex, à Fundação Cesgranrio até o dia 17 de março, confirmando a pretensão e anexando os documentos discriminados no edital.
A garantia de remuneração mínima para cargos de nível médio é de R$ 3.400,47 e, para cargos de nível superior, de R$ 7.501,06 (Médico(a) do Trabalho Júnior) e R$ 8.081,98 (Engenheiro(a) de Meio Ambiente Júnior e Engenheiro(a) de Produção Júnior).
Oferecemos previdência complementar (opcional), plano de saúde (médico, hospitalar,  odontológico, psicológico e benefício farmácia), além de benefícios educacionais para dependentes, entre outros.
O processo seletivo terá validade de seis meses, podendo ser prorrogado por igual período. A divulgação do resultado final está prevista para 26 de junho. O edital completo, com quadro de cargos, polos de trabalho, localidades, vagas, cidades de provas, requisitos e remuneração pode ser consultado nos sites da Petrobras ou da Fundação Cesgranrio."

Previsões de uma cartomante para as eleições 2014

Renato Rovai é jornalista.
É editor da Revista Forum.
Ele foi a uma cartomante.
Mas ele não sabe se acredita ou não no que ela falou sobre as eleições 2014 com uma possível participação de J.B.
Por via das dúvidas resolveu contar a história dita pela moça.
Acho que vou em uma também.


Joaquim Barbosa é candidato a presidente da República
Por Renato Rovai
"No prazo limite de sua desincompatibilização do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa anuncia a aposentadoria da toga e a filiação a um pequeno partido político. Não terá mais do que 30 segundos. Sua decisão incendiará as eleições.

Aécio dirá que se trata de uma postulação legítima, que o ex-presidente do Supremo é um homem de bem, como Eduardo Azeredo.

Eduardo Campos dirá que é mais um candidato da nova política e que precisa ser respeitado.

Dilma dirá que não comenta pesquisa eleitoral e nem a candidatura dos seus adversários.

A Globo abrirá 10 minutos no Jornal Nacional para repercutir a decisão e fará um Globo Repórter para contar a história do menino que nasceu na pequena Paracatu, Minas Gerais, e venceu na vida. Amigos de infância, professoras, o primeiro médico, os tios e a o dono da padaria da rua onde ele morava darão depoimentos emocionados.

Todos contarão belas história do Joaquinzinho.

A Veja sairá com uma edição especial. Uma foto do ex-ministro tirando a toga com uma frase simples. Rumo a presidência.

Os jornais que se acham grandes farão cadernos especiais.

E todos os colunistas cravarão: o segundo turno agora é certo. E no segundo, serão todos contra Dilma e o PT.

Lula dirá que é melhor assim, que a decisão de Joaquim Barbosa esclarece muita coisa do julgamento do mensalão.

Os petistas que estavam mais sossegados, se sentirão desafiados a mais uma disputa histórica.

O New York Times fará uma matéria comparando Barbosa a Obama.

E o marqueteiro de Barbosa, mister W dirá que ele fará a campanha só pela internet. Que não irá a debates e que a TV será um mero detalhe. O slogan: O Brasil quer justiça.

E redes espontâneas e não tão espontâneas serão construídas para fazer a divulgação dos 10 pontos do Brasil com Justiça, a carta de Joaquim Barbosa ao País.

Haverá uma devassa na vida do ex-ministro realizada na internet. Aécio e Eduardo Campos se assustarão com o crescimento dos índices de Barbosa e iniciarão uma ação de desconstrução da candidatura dele por meios heterodoxos.

O novo candidato perceberá que os ataques subterrâneos que recebe não são do PT. Que partem de outros cantos. De adversários que só lhe desejam como alavanca para o segundo turno.

Mister W, seu marqueteiro, dirá que se quiser ir para o segundo turno, Barbosa terá que enfrentar Aécio e Eduardo. Terá que tratá-los como mais do mesmo. Como farinha do mesmo saco.

A eleição entra na reta final. Dilma na frente, com aproximadamente 50% dos votos válidos nas últimas pesquisas. E os outros três candidatos embolados entre 20% e 14%. Mas Joaquim é o quarto colocado.

De forma surpreendente, uma semana antes do pleito, Barbosa desiste da candidatura. Diz que a eleição no Brasil se tornou um vexame. Que não pode referendar um processo absolutamente viciado. E corrupto. E chama o povo a votar nulo.

Dilma é reeleita, mas o índice de votos nulos e a abstenção é um pouco maior do que nas últimas eleições presidenciais. No dia seguinte a apuração, vários colunistas começam a abordar a “pouca legitimidade do pleito e do governo”. E passam a defender teses de que talvez fosse o caso de encurtar o mandato presidencial e fazer uma grande reforma política no país, aprovando, por exemplo, o voto distrital e acabando com a reeleição. E até o parlamentarismo volta a ser tratado como uma alternativa a um momento que todos chamarão de “crise democrática”. Sim, esse será a tag do assunto. Nos jornais, será o chapéu das matérias.

Ouvi essa história de uma cartomante. Ela jura que leu isso nas cartas. E me disse, não pense em 2014, porque 2015 é que pode ser pior. Eu não sei se devo acreditar."
Fonte: Blog do Rovai

22 de fevereiro de 2014

Tord Gustavsen


Provavelmente a maioria nunca ouviu falar de Tord Gustavsen.
Não se preocupem.
Talvez o anormal por aqui seja conhecê-lo.
Bem, eu conheço e gosto de seu trabalho. O que pode ser preocupante nestas terras tropicais.
É norueguês, da capital Oslo.
Tem 43 anos.
É formado em Psicologia e Musicologia.
Tem curso superior também como músico. Especializado em piano jazzístico e música erudita.
Pouca coisa, né?!
Talvez quando se fala em Jazz muitos pensam naquelas demonstrações de virtuosismo que só agradam a iniciados.
Tord não é nada disso.
Ele é daqueles que acha que menos é mais.
E com menos ele talvez possa atingir positiva-mente e espírito das pessoas com suas baladas.
Atua eventualmente com trio, quarteto ou grupo maior que inclui violas, violinos e vocais (ensemble).
Seus discos podem ser ouvidos como fundo musical de alguma atividade de concentração ou apenas se concentrar para ouvi-los e entrar em seu mundo.
É Jazz mas é muito mais.
E é simples.
Para maiores nformações, consultem o site da cult gravadora alemã ECM Records.







21 de fevereiro de 2014

Solidão: vínculos sociais e afetivos como opção e como falta de opção - os efeitos nos genes


"Solidão de manhã, poeira tomando assento
Rajada de vento, som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã" ("Açaí", Djavan)

"A solidão é fera
A solidão devora
É amiga das horas
É Prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios
Caminharem lentos
Causando um descompasso
No meu coração
A solidão dos astros
A solidão da lua
A solidão da noite
A solidão da rua" ("Solidão", Alceu Valença)

Li o texto abaixo e me lembrei das músicas acima.
Como todo "tratado" desse tipo, o artigo tem seus acertos e suas faltas.
E suas obviedades.
Mas vale a leitura, neste entardecer de sexta-feira, momento normalmente não muito indicado para instantes solitários.
É que é happy-hour!

O lado mais triste da solidão


"Quem pensa que a falta de vínculos sociais e afetivos é um drama com repercussões restritas às emoções se engana. A ciência alerta, agora, que a solidão pode até mesmo nos provocar doenças — e não apenas psíquicas. Uma leva de pesquisas recentes mostra que os avessos à família e aos amigos têm tanta tendência a ficar enfermos quanto os fumantes ou sedentários convictos. Há indícios também de que os solitários estariam na linha de frente dos problemas de fundo inflamatório, caso de artrites e doenças cardiovasculares.
Segundo um estudo recém-concluído na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pessoas que se queixam de uma vida reclusa possuem genes menos ativos na proteção contra vírus. “Os sociáveis estão naturalmente mais propensos a contrair viroses porque estão em maior contato com outros indivíduos”, raciocina o psicólogo Steve Cole, que liderou o trabalho. Já a turma que vive afastada do mundo, menos exposta a esse tipo de micróbio, acaba apresentando um sistema imune que não tem tanta necessidade de enfrentá-lo. Em tudo na vida, porém, há uma compensação. Nessa gente, as defesas passam a se concentrar nas bactérias, o que gera uma reação inflamatória recorrente — e nem sempre bem-vinda, já que inflamação demais abre alas a descompassos em diversas áreas do corpo.
É claro que nem todo solitário está fadado a cair de cama. O perigo surge quando a sensação de isolamento é constante e isso, inclusive, independe de ter ou não uma companhia. “A partir do momento em que a solidão começa a interferir no comportamento e no estilo de vida, ela se torna patológica”, afirma a psicóloga Denise Pará Diniz, coordenadora do Setor de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Universidade Federal de São Paulo.
A questão é que o bem-estar físico e mental está interligado. O desarranjo de um lado não raro desestabiliza o outro. Os indivíduos reclusos apresentam maior tendência à depressão, algo que repercute nos hormônios e nas defesas. “Essa condição está associada a quedas imunológicas, pressão alta, perda de sono e alcoolismo. Por isso, é um fator de risco comparável ao cigarro e à obesidade”, acusa o psicólogo John Cacioppo, especialista em neurociência social da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Mas, calma, tantas evidências não significam que quem prefere viver mais só tenha que sair às ruas caçando companhia. Os estudiosos advogam que nem toda solidão é prejudicial. Não há problema algum se ela é fruto de uma escolha consciente, ou seja, quando nos afastamos do grupo para descansar, ler, refletir… situações que são até prestativas, especialmente antes de tomar uma decisão. O perigo, vale frisar, é perder o controle e deixar-se levar pela clausura absoluta, evitando inclusive os entes próximos. De qualquer forma, mais importante do que a quantidade é a qualidade dos relacionamentos que construímos ao longo da vida. E, se você estiver satisfeito com eles, pode se dar ao luxo de conceder um espaço na agenda para si mesmo — e só para si mesmo.

Vida longa e acompanhada
Manter uma rede de relaciona mentos ajuda a espantar doenças que aparecem com o avançar da idade, como o Alzheimer. É que o contato social garante uma cabeça mais ativa. “Com o tempo, muita gente tem menos necessidade de usar o cérebro e as ligações entre os neurônios enfraquecem. Os vínculos afetivos auxiliam a conservar essas conexões”, diz o psiquiatra Paulo Inecco, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo."

Para domar a solidão

Cuide dos seus pensamentos: se você se sente bem permanecendo um tempo sozinho, não foque em problemas, mas em assuntos positivos.
Gerencie seu tempo: apesar da correria, é importante manter um momento para os amigos e a família e para cuidar de si mesmo.
Abra o leque de relacionamentos: permita-se conhecer novas pessoas e controle a ansiedade para evitar possíveis decepções.
Fontes: Blog da Saúde e Revista Saúde

Musa da Semana: Laura Keller

E porque hoje é sexta-feira...
E porque está chegando o carnaval...
Fomos atrás (com todo respeito) de uma musa que estivesse despontando agora no mundo carnavalesco mas que já tivesse uma boa 'bagagem'.
Encontramos lá em Belford Roxo.
Quer dizer, ela não nasceu lá.
Na verdade Laura Keller é gaúcha e tem 26 anos.
Modelo, já venceu concursos e já posou para a Sexy.
A referência à cidade da Baixada Fluminense é que ela vai estreiar como Rainha de Bateria na Inocentes de Belford Roxo, Escola de Samba da Grupo de Acesso do Rio.
Mora na Barra, está malhando muito para chegar no ponto no dia do desfile (precisa?). E pegando uma corzinha também, afinal o sol nasceu para todos.
Depois do carnaval deve fazer parte de um programa de entretenimento de uma TV paulista.
Torcemos por ela, pois já ficamos fãs, não é mesmo?!










20 de fevereiro de 2014

Humor de Quinta (3): Curling no Brasil

Um dos mais curiosos jogos das Olimpíadas de Inverno é o Curling.
No Brasil tem gente treinando... em casa mesmo!

E a Venezuela segundo a Globo?!! Entrevista imperdível!


 

A política na vizinha Venezuela nunca foi fácil, nem a absurda desigualdade social, muito por conta do petróleo e por conta da aproximação física dos EUA como um cão faminto solto no quintal!

O fato interessante é que com os atuais avanços das tecnologias da informação e da comunicação, tá ficando cada vez mais difícil, até mesmo para as gigantes dominantes das mídias de massa em seus canais fechados como a Globo News, garantir o viés da direita na extrema!

Assistam ao programa do último dia 18 do "Entre Aspas" e tirem as suas conclusões, pois a Mônica Waldvoguel ficou mto atrapalhada em alguns momentos, adorei!

O Igor Fuser dá uma aula sobre a história e os atuais momentos da vizinha.

Mas vejam até o final, são uns 26 minutos. 


ASSISTAM AQUI


Deu no Blog Escrevinhador: AQUI

"Igor Fuser dá uma aula sobre Venezuela – e passa pito na Globo, em plena Globo


publicada quarta-feira, 19/02/2014 às 14:48 e atualizada quarta-feira, 19/02/2014 às 15:02

“Nunca vi nem na Globo nem nos jornais brasileiros uma única notícia positiva sobre a Venezuela. Uma única.  Será que em 15 anos de chavismo não aconteceu nada positivo? Cadê o outro lado? Será que os venezuelanos que votaram no Chávez e no Maduro são tão burros, de votar em governo que só faz coisa errada?” (Igor Fuser, professor da UFABC)

por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual

O professor de Relações Internacionais da USP José Augusto Guillon e a apresentadora Mônica Waldvoguel, do programa Entre Aspas, da Globonews, chegaram ao limite da gagueira, ontem (18), durante debate a respeito da crise na Venezuela com a participação do jornalista Igor Fuser, do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC). O debate começa dirigido, ao oferecer como gancho para a discussão a figura de Leopoldo Lopez, o líder oposicionista acusado de instigar a violência nos protestos das últimas semanas, e preso ontem.

Diz a narração de abertura: “Ele é acusado de assassinato, vandalismo e de incitar a violência. Mas o verdadeiro crime de Lopez, se podemos chamar isso de crime, foi convocar uma onda de protesto contra o governo de Nicolás Maduro. Protestos seguidos de confrontos que deixaram quatro mortos e dezenas de feridos”. E segue descrevendo que a violência política decorre da imensa crise no país – inflação, falta de produtos nas prateleiras, criminalidade em alta. Ainda no texto de abertura, na voz de Mônica, o governo é acusado de controlar a economia e a Justiça, pressionar a imprensa e lançar milícias chavistas contra dissidentes. E encerra afirmando que Leopoldo Lopez, na linha de frente, reivindica canais de expressão para os venezuelanos, e abrem-se as aspas para Lopez: “Se os meios de expressão calam, que falem as ruas”.

Do início ao fim do debate, com serenidade e domínio sobre o assunto, Igor Fuser leva a apresentadora e o interlocutor às cordas desde o início. Reconhece as dificuldades políticas do presidente Nicolás Maduro e a divisão da sociedade venezuela. Mas corrige os críticos, ao enfatizar que o país vive uma democracia, e opinar que a campanha liderada por Lopez é “golpista”, ao ter como mote a derrubada do governo legitimamente eleito com mandato até 2019.
 
Fuser informa que em dezembro se cristalizou um processo de diálogo entre governo e oposição, então liderada por Henrique Capriles, derrotado nas duas últimas eleições presidenciais por margem muito pequena de votos. E que a disposição ao diálogo levou a direita mais radical a isolá-lo, permitindo a ascensão de figuras como Leopoldo Lopez. Indagado se não seria legítimo as manifestações da ruas pedirem a saída do governo, como foi no Egito ou está sendo na Ucrânia, o professor da UFABC resume que as manifestações na Ucrânia são conduzidas por nazistas, e no Egito a multidão protestava contra uma ditadura. Lembra que na Venezuela houve quatro eleições nos últimos 15 meses, que o chavismo venceu todas no plano federal, mas que as oposições venceram em cidades e estados importantes, governam normalmente e as instituições funcionam, e que a Constituição é cumprida.

Questionado sobre a legitimidade da Constituição – que teria sido sido aprovada apenas por maioria simples – informou que a Carta, depois de passar pelo Parlamento, foi submetida a referendo popular e aprovada por 80% dos venezuelanos – o que inclui, portanto, mais da metade dos que hoje votam na oposição. E à ironia dos debatedores, de que seria paranoia das esquerdas acusar os Estados Unidos de patrocinar uma suposta tentativa de golpe, esclareceu: os Estados Unidos estiveram por trás de tantos golpes da América Latina – na Guatemala nos anos 1950, no Brasil em 1964, no Chile em 1973, na própria Venezuela em 2002 – que não é nenhum absurdo supor que estejam por trás de mais um. E que também não é absurdo, em nenhum país do mundo, expulsar diplomatas que se reúnem com a oposição como se fossem dela integrantes.

O jornalista desmontou também os argumentos de que o país sofre de ausência de liberdade de expressão. Disse que o governo dispõe, de fato, de jornais, canais de rádio e de televisão importantes, mas que dois terços dos veículos de imprensa da Venezuela são controlados por forças oposicionistas. E que o que existe na Venezuela seria, portanto, a possibilidade de contraponto. E Fuser foi ferino no exemplo dos problemas que a ausência de diversidade nos meios de comunicações causam à qualidade da informação: “Sou jornalista de formação e nunca vi nem na Globo nem nos jornais brasileiros uma única notícia positiva sobre a Venezuela. Uma única. A gente pode ter a opinião que a gente quiser sobre a Venezuela, é um país muito complicado. Agora, será que em 15 anos de chavismo naõ aconteceu nada positivo? Eu nunca vi. Não é possível que só mostrem o que é supostamente ruim. Cadê o outro lado? Será que os venezuelanos que votaram no Chávez e no Maduro são tão burros, de votar em governo que só faz coisa errada?”

Vale a pena assistir aos 26 minutos de programa. Essa crítica à Globo em plena Globo está nos dois minutos finais."

Humor de Quinta (2): A Câmera e o Porco

Parece que a história é a seguinte: um pessoal quis fazer uma experiência visual, lançar primeiro em voo livre depois seguido da abertura de um mini-paraquedas, uma câmera ligada.
Queriam ver o registro depois.
O fato é que depois não teriam localizado a câmera, achada sim por um fazendeiro no chiqueiro.
Olhem no que deram as imagens.

Humor de Quinta: Um Cavalo Chamado F.D.P.

Nos anos 1970 teve um filme que fez relativo sucesso de título "Um Homem Chamado Cavalo". Agora tem essa. Um cavalo chamado... Filho da Puta!
Mas porque?
Essa história me chegou via email e eu não resisti em colocá-la aqui, neste Humor de Quinta.
Confesso que não tive como descobrir se ela é verdadeira ou foi criada pela boa imaginação do autor.
Até onde fui na Internet encontrei o texto no site Achei USA, de autoria de Eduardo Garcia.
A história é pitoresca pelos desencontros, traduções, traições conjugais, vingança, etc.
Tomara que seja verdade. : )
Até achei uma reprodução de uma pintura do Filho da Puta, feita por John Frederick I Herring em 1828 e que estaria no Doncaster Museum and Art Gallery (citado ao final do texto). Bom sinal...
Atenção para um detalhe: o inglês falava português e o nome de batismoo do cavalo foi mesmo feito em  nossa língua pátria. Leiam e entenderão.


O estranho nome de um campeão

Eduardo Garcia

"Na primavera de 1806, nasceu uma potranca na fazenda de Sir William Barnett, criador de cavalos de corrida na bela propriedade que herdara da família junto com a paixão pelos velozes Puros-Sangue. Apaixonado também pela esposa, decidiu fazer-lhe um agrado. Batizou a pimpolha com o nome de Mrs. Barnett. Ela era filha de um renomado garanhão de nome Waxy, com muitas vitórias em seu cartel, e de uma vistosa égua chamada Woodpecker Mare. Tal cruzamento proporcionava inumeráveis opções para o nome da nova criatura, mas prevaleceu o amor pela cônjuge.

Mrs. Barnett (a égua) ao completar dois anos foi para um hipódromo onde começou sua campanha que foi, por assim dizer, algo discreta. Ela não tinha tanta velocidade e resistência como queria seu criador. Alguns anos depois, a linda castanha voltou para a fazenda e foi cruzada com Haphazard, nove anos mais velho que ela, mas nenhum dos dois deu bola para isso e Mrs. Barnett (ainda a égua) ficou grávida ou prenhe como é mais usado.

Nesse meio tempo, Mrs. Barnett (a esposa) andava pulando a cerca, mostrando que no quesito velocidade era muito mais ligeira que sua homônima de quatro patas. Veio então novamente a primavera e aí estamos em 1812 - há exatos dois séculos - e Mrs. Barnett (a quadrúpede), depois de um começo de noite agitado, deu à luz a um lindo potrinho, também castanho. Mal amanhece o dia e Mrs. Barnett (a ligeira) sem dar a menor pelota para o bebê da sua xará, foge com seu amante, um oficial da Marinha Britânica. Sir William havia morado em Portugal quando estudante e conhecia bem o idioma de Camões e Fernando Pessoa. As duas notícias lhe chegaram quase ao mesmo tempo. Ele não teve a menor dúvida. O filho de Mrs. Barnett (a égua) nascera no mesmo dia em que Mrs. Barnett (a infiel) fugiu com o seu cacho. Que outro nome podia ter esse potrinho?

Se você pensou em Filho da Puta acertou em cheio. Sir William, britanicamente, vingou-se dessa forma da cachorrada da esposa. Mas, a história não acabou ainda. Ele preencheu a papelada devida e mandou para o Stud Book inglês, que é o cartório dos cavalos de corrida.
Foi feita então uma pesquisa para saber se havia algum homônimo. Nada constando que impedisse, o nome foi solenemente inscrito no Livro de Ouro e a partir daí não poderia mais ser mudado em hipótese nenhuma. Quando descobriram (sempre tem um fofoqueiro) era tarde demais. E o pior ou melhor, como queiram, é que Filho da Puta foi um excelente cavalo. Ele venceu uma das provas mais importantes e tradicionais do turfe inglês, a St. Leger Stakes, em Doncaster.

A corrida de St. Leger de 1815 foi disputada por treze animais. Foi uma partida emocionante. Filho da Puta era favorito, correu em terceiro por 800 metros. Na reta final atropelou e, de galopão, derrotou outro animal, espetacular também, chamado Dinmont. Nosso herói estreou nas pistas em julho de 1814 em Newcastle, quando venceu Tyne Stakes, uma corrida de 1.200 metros. Logo depois venceu no percurso de uma milha. Daí para frente, ganhou várias provas, sempre montado pelo jóquei J. Jackson. Não existem registros gravados mas, com certeza, e quem já foi a uma corrida vai entender, deve ter sido algo digno do Guiness Book, uma multidão berrando o nome do nosso amigo. Nunca tantos xingaram tanto a um único indivíduo, ainda que sem essa intenção.

Filho da Puta foi retirado das corridas em 1818 em York com várias lesões nas patas. Foi então destinado à reprodução e gerou muitos campeões atestados pelo excelente pedigree.

Filho da Puta foi imortalizado em óleo sobre tela por Herring, um pintor inglês de renome inerrnacional e é, provavelmente, a gravura mais vendida em todos os países que conhecem nosso idioma. Se você já viu essa gravura e pensou que fosse brincadeira, equivocou-se redondamente. Foi a melhor forma que um nobre inglês encontrou para aliviar o peso da galhada."

19 de fevereiro de 2014

Isadora Williams

Este não é ainda o vídeo da bela Isadora Williams (filha de uma brasileira) hoje na Rússia, mas uma apresentação dela ano passado na Europa Oriental.
Fez história ao ser a primeira representante do Brasil a participar na patinação no gelo nas Olimpíadas de Inverno.
Parabéns para ela!
É o Brasil também no gelo.


Escandinávia: pequena amostra de seu avanço social

Acompanhando, na medida do possível, as Olimpíadas de Inverno e devido ao sucesso dos países do norte da Europa - notadamente as nações escandinavas mais a Holanda - me lembrei o quanto admirava tempos atrás a social-democracia que ali imperava. Uma espécie de capitalismo social.
Acho que a coisa não mudou muito. Talvez tenham conseguido até melhorar, apesar da crise econômica (capitalista) que se abate pela maioria do continente, atingindo - obviamente - os mais sacrificados.
Vejam, por exemplo, este post publicado em um blog de uma francesa que mora na Noruega.
É sobre as vantagens oferecidas pelo estado às mulheres que tem filhos. Além da valorização da mulher enquanto mãe, é dada toda importância às crianças.
A tradução eu consegui no Diário do Centro do Mundo ("uma pequena amostra do inspirador avanço social escandinavo").

Do Blog "Meu ano sem perder dinheiro "
(sobre viver frugalmente em Oslo, uma das cidades mais ricas do mundo)
Desfile de crianças no Dia Nacional da Noruega
Licença Maternidade na Noruega: uma Bênção
"Primeiro você deve saber que a família e maternidade são valores muito elevados na sociedade norueguesa. Natural de outro país, a França, isso é muito claro para mim.

As crianças são realmente priorizadas na Noruega. Há um dia do ano em que isto é extremamente óbvio: 17 de maio. Nesta data, que é o Dia Nacional da Noruega,  as crianças desfilam na rua.

Em Oslo, você vai ver um enorme desfile de crianças: cada escola leva todos os seus alunos para a comemoração. As crianças andam pelas ruas cantando e rindo.

Na França, em nosso Dia Nacional, 14 de Julho, tropas militares desfilam pelas ruas. Para mim, a maneira dos noruegueses de celebrar seu dia nacional mostra que as crianças são a prioridade de sua sociedade e da nação.
A licença maternidade na Noruega é uma demonstração disso também. Aqui está aquilo a que uma mãe norueguesa faz jus, ao ter um bebê:

- Licença maternidade, com salário de 100%, durante 46-47 semanas (11 meses), ou salário de 80% durante 56 semanas. (O pai tem direito a 10 semanas de afastamento para ajudar a cuidar do bebê.)

- Após a licença, você volta para a sua posição, sem qualquer problema. Sua posição é garantida.

Além disso, um subsídio do governo é oferecido às mães que  decidem ficar em casa com a criança até que ela complete dois anos de idade.

Outra coisa boa é que na Noruega nenhuma mulher é obrigada a ficar em casa para cuidar de seus filhos por não poder arcar com uma creche. O governo subsidia as creches. Como a semana de trabalho padrão é 37,5 horas, a mãe pode facilmente continuar sua carreira.

Não sabia sobre isso até me mudar para a Noruega. Agora me sinto bem. Se eu tiver um bebê aqui, serei capaz de cuidar dele e de manter minha carreira, se eu quiser fazer isso.

Estou curiosa para saber sobre como é a licença de maternidade no seu país. O que você acha do modelo norueguês?"

No que se transformou "O Roda Viva"?!

A TV Cultura mesmo que no ninho das aves de rapina conquistou uma certa admiração em vários segmentos sociais e políticos do país e o programa Roda Viva sempre apresentou debates interessantes e isentos(quase), até porque é com recursos federais que sobrevive.

Porém, na última segunda feira o programa foi sofrível para dizer o mínimo! O desespero dos extremados à direita é tanto, que conseguiram matar de morte morrida, durante uma entrevista com o escritor e jornalista Rubens Valente, autor do best-seller "Operação Banqueiro", um programa outrora respeitado por todos os brasileiros de norte a sul do Brasil,

"O Roda Viva morreu (deu no 247)

  RUBENS JOSÉ DA SILVA 19 de Fevereiro de 2014

Um dos maiores marcos da TV brasileira, o programa Roda Viva, que vinha agonizando faz tempo, depois da entrada do nefasto Augusto Nunes sucumbiu de vez.
Por que a TV Brasil, um canal público federal, continua a transmitir o programa político partidário realizado pela TV Cultura do governo tucano paulista? A pauta é sempre a mesma: espinafrar Lula, PT e afins. Não há o menor respeito às mínimas regras do jornalismo. Cabe salientar que as críticas ao canal restringem-se ao campo político.
Mas nessa semana o programa abriu uma exceção. Todos estávamos ansiosos para ver a entrevista com o jornalista Rubens Valente da Folha de S. Paulo, autor do best-seller Operação Banqueiro, que disseca a trajetória do poderoso e enigmático Daniel Dantas e seu banco Opportunity. Material mais que suficiente para o prosseguimento da Operação Satiagraha que envolve o alto tucanato, empresários brasileiros e o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo à época em que concedeu dois habeas corpus em menos de 48 horas ao banqueiro acusado.
A bancada de jornalistas presentes ao programa era risível, como tem sido nos últimos tempos. A tática empregada pelos entrevistadores foi a mesma que a poderosa equipe de advogados de Dantas sempre utilizou: desqualificar algum fato ou pessoa e assim desmoralizar o caso inteiro.
O comandante da Nau Obscurantista passou o programa todo, com a devida ajuda de sua tripulação, tentando tirar do entrevistado alguma alusão que fizesse do delegado do processo à época, o atual deputado federal Protógenes Queiroz, um tresloucado. Fora a insistência em juntar Lulinha ao caso, fato que foi categoricamente desmoralizado por Rubens Valente. Augusto Nunes tem obsessão por Lula, não vive sem ele.
Perdemos a chance de desnudar melhor aquele que talvez seja o mais emblemático de todos os escândalos da atual política brasileira. E perdemos, aquele que foi por muitos anos, o maior programa de entrevistas da TV brasileira. Em compensação foi prazeroso ver esse ótimo jornalista da grande imprensa."

"NA COVA DOS LEÕES – LEANDRO FORTES
no Facebook
O submundo comandado por Daniel Dantas bem que tentou intimidar Rubens Valente, no mesmo dia da entrevista dele no Roda Viva, da TV Cultura.
Em um artigo publicado no site Brasil 247, Marcio Chaer, dono da assessoria de imprensa Bajulador Jurídico, atacou Rubens e o livro Operação Banqueiro para defender seu principal cliente, Gilmar Mendes.

A razão é óbvia.
No livro, fica claro que Mendes trabalhou de forma decisiva para livrar a cara do banqueiro bandido Daniel Dantas, a quem concedeu dois habeas corpus em menos de 48 horas, um recorde mundial.
Além disso, Rubens demonstra de forma absoluta como o ministro, então presidente do STF, trabalhou diuturnamente para desqualificar a Operação Satiagraha e esconder os crimes de Dantas.
A presença serena e profissional de Rubens no programa, normalmente uma Roda Morta a serviço dos interesses tucanos, foi gratificante em todos os sentidos.
Como grande jornalista que é, não fugiu de nenhuma pergunta e deu uma visão clara e definitiva sobre o assunto.
Achei estranha apenas a participação da jornalista Laura Diniz, que foi apresentada por Augusto Nunes como alguém especializado “também na cobertura de assuntos judiciais”.
Eu não sei se virou uma coisa comum, mas eu nunca tinha visto um jornalista avulso no programa, alguém que não leve o crédito de ao menos pertencer a um blog jornalístico.
O fato é que, em sintonia com o apresentador Augusto Nunes, também colunista da Veja, Laura Diniz mostrou-se preocupadíssima em proteger a imagem de Dantas e puxar a entrevista para uma suposta participação – negada, todo o tempo, por Rubens Valente – do ex-presidente Lula.
Laura também se mostrou particularmente frustrada por não ter achado no livro mais histórias contra Luis Demarco, inimigo número um de Daniel Dantas e, por extensão, de seus amigos Chaer e Mendes.
Uma olhada no Google me diz que Laura Diniz foi repórter do Bajulador Jurídico e da Veja.
Em 2012, fazia parte de um time que analisava o julgamento do mensalão, no STF, ao lado de lumiares como Marco Antônio Villa e Reinaldo Azevedo.
Onde trabalha, hoje, não descobri."